sábado, 21 de maio de 2016

Dia do Soldado Constitucionalista                                                           23 de Maio                                      



Que nos seja estímulo a saudosa lembrança dos bravos que tombaram na luta, regando com seu sangue generoso o solo da terra que Deus quer grande. Sobra ainda no coração de muitos, o culto de uma saudade – que é respeito, que é ternura, que é esperança, que é ideal.  

São Paulo, rogai por eles e por nós!

23 de maio de 2013.



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O mês de maio daquele ano de 1932 já tinha se iniciado com muita tensão no ar: Greves, comícios, articulações políticas e militares iam aos poucos dando forma ao movimento revolucionário. 

Vargas por sua vez, acenava com a Assembléia Constituinte apenas para o ano seguinte, causando indignação e descontentamento entre os paulistas.

No dia 13 de maio outro grande comício na Praça da Sé reúne comerciantes, estudantes, entidades de classe e políticos que exigem eleições imediatas além de um secretariado verdadeiramente paulista

Porém, foi no dia 22 que o pavio foi definitivamente aceso com a chegada de Osvaldo Aranha a mando de Vargas com o intuito de mediar a questão do secretariado. Com o apoio da imprensa, os frentistas alardeiam que a real intenção de Aranha é não outra a não ser dividir a Frente Única. Este, que já não tinha a simpatia dos paulistas chega a cidade como um verdadeiro intruso.

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De um lado, a Legião Revolucionária (força paramilitar comandada por Miguel Costa que apoiava a ditadura Vargas) que planejava receber Osvaldo Aranha com todas as honras. 

Do outro lado a massa paulista que cerca, vaia e hostiliza o emissário de Vargas por todo o seu caminho. Durante a tarde uma carga de cavalaria da Força Pública é lançada contra os protestantes na Avenida Tiradentes, mas logo a situação se acalma com o pedido de desculpas e a garantia que não haveria mais repressão aos manifestantes - vindos do Comandante em Exercício da Força Pública Coronel Elisário de Paiva.

Na manhã do dia 23 de Maio, Miguel Costa é definitivamente afastado do comando da Força Pública e em seu lugar é nomeado um aliado da Frente Única, o Coronel Júlio Marcondes Salgado. Osvaldo Aranha, que tinha passado a noite abrigado no Quartel General do Exército, retorna ao Rio de Janeiro totalmente alarmado com a situação em São Paulo. Durante essa tarde jornais tenentistas são invadidos pela multidão que toma as ruas enquanto lojas de armas são saqueadas. Pequenos choques contra provocadores da Legião Revolucionária acontecem nas estreitas ruas do centro. A situação se agrava a cada minuto. 
Sangue paulista será derramado. 

A Batalha da Praça da República:


No final da tarde daquela segunda-feira de maio, os paulistas já não queriam mais os membros da Legião Revolucionária andando com seus lenços vermelhos, armados, mandando e desmandando na cidade. Havia chegado a hora de colocar um ponto final naquele verdadeiro abuso que São Paulo estava sofrendo. A multidão paulista estava decidida a protestar na sede da Legião Revolucionária. Encontraram legionários armados e dispostos a tudo. Inclusive a matar.

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No início da noite a massa indomável se dirige pela Rua Barão de Itapetininga e finalmente alcança a esquina da Praça da República. Ali funciona a sede do Partido Popular Paulista, braço político da Legião Revolucionária. No seu interior, legionários frustrados com a deposição de seu chefe, armados e dispostos a tudo pretendem defender a sede do partido custe o que custar.

A massa se divide entre as esquinas da Rua Dom José de Barros e a Praça da República. Quem entrasse pela Barão de Itapetininga virava alvo dos legionários entocados. No primeiro ataque tombam Euclides Miragaia, estudante de direito e Antonio de Camargo Andrade, além de inúmeros feridos.

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A foto abaixo, originalmente veiculada nos anos 50, é tida como a última imagem em vida dos Mártires da Revolução.

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Das janelas no alto do prédio situado na esquina da Rua Barão de Itapetininga com a Praça da República tem-se uma ampla visão destas duas ruas. Foi dali que os membros da Legião Revolucionária controlaram a tiros o avanço da multidão logo abaixo. Era possível alvejar alvos tanto na Rua Barão de Itapetininga, como na Praça da República.

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Do quarto andar são disparadas rajadas de armas automáticas.

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Os que estão na rua se abrigam.

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Pânico e correria na calçada da Praça da República.

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Um bonde é tomado pelos manifestantes e ao apontar na esquina é crivado de balas vindas de cima. A rajada atinge o estudante Mário Martins de Almeida que virá a falecer no pronto socorro da Polícia Central. São mais de quatro horas de tiroteio, quando no início da madrugada um destacamento da Força Pública negocia a rendição de oito atiradores enquanto a massa é mantida afastada. No chão jaz o garoto de quatorze anos Dráusio Marcondes de Souza. Ferido gravemente está Orlando de Oliveira Alvarenga - que falecerá no dia 12 de agosto. Os ocupantes do PPP são retirados em um caminhão pela Força Pública e levados dali - nunca seriam identificados os autores dos tiros que vitimaram os cinco jovens.

Uma imagem da sede do PPP após o violento combate, e atualmente no mesmo local uma moderna sala de reuniões.

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No dia 24 de maio, as iniciais dos nomes dos mortos formarão a sigla da sociedade secreta que traçará o destino do Revolução Constitucionalista: MMDC


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Mario Martins de Almeida

Nasceu em São Manuel, no Estado de São Paulo no dia 08 de fevereiro de 1901.
Filho do Coronel Juliano Martins de Almeida e de Dona Francisca Alves de Almeida.
Foi estudante do Mackenzie College, tendo terminado seus estudos sob a direção do Professor Alberto Kullmann. Era fazendeiro em Sertãozinho, estando no dia 23 de Maio de 1932 de passagem em São Paulo em visita a seus pais.

Euclydes Bueno Miragaia
Nasceu em São José dos Campos no dia 21 de Abril de 1911. Era filho do Sr. José Miragaia e de Dona Emília Bueno Miragaia. Foi aluno da Escola de Comércio Carlos de Carvalho, de onde passou no terceiro ano para a Escola Alvares Penteado. No dia 23 de Maio estava no centro a serviço de um cartório.

Drausio Marcondes de Souza
Nasceu a Rua Bresser na cidade de São Paulo em 22 de Setembro de 1917.
Filho do Sr. Manuel Octaviano Marcondes, farmacêutico e de Dona Ottilia Moreira da Costa Marcondes. 

Antonio Américo de Camargo Andrade
Nasceu no dia 03 de Dezembro de 1901, filho do Sr. Nabor de Camargo Andrade e de Dona Hermelinda Nogueira de Camargo. Era casado com Dona Inaiah Teixeira de Camargo e deixou três filhos: Clésio, Yara e Hermelinda.

No Mausoléu do Ibirapuera o "Herói Jacente" abriga os despojos das primeiras vítimas da Ditadura em 1932.

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DULCE ET DECORUM EST PRO PATRIA MORI. É DOCE E BELO MORRER PELA PÁTRIA.
(Horácio, ode II, livro III, versículo 13)



Fonte de informação do site: http://tudoporsaopaulo1932.blogspot.com.br/2013/05/23-de-maio-1932.html



quinta-feira, 19 de maio de 2016

           

   Aviões e Artefatos Militares Aéreos usados na Revolução de 32


Nos poucos meses de conflito, São Paulo viveu um verdadeiro esforço de guerra !!

A tecnologia militar empregada durante a Revolução Paulista de 1932 foi toda industrializada no próprio Estado de São Paulo.

Não apenas as indústrias se mobilizaram para atender às necessidades de armamentos, mas também a população se uniu na chamada Campanha do Ouro para o Bem de São Paulo.

A maior parte destes artefatos foram elaborados, produzidos e fabricados pela Escola Paulista, mais conhecida como Politécnica ( USP ).

Não tinhamos tempo e nem matéria prima suficiente na época, mas graças a dedicação dos engenheiros da Poli, aliada à Campanha do Ouro, conseguimos desenvolver quase que uma produção Hollywoodyana !!

Dentre algumas indústrias fabricantes de outros produtos e que colaboraram na confecção destes materiais bélicos, podemos destacar as Indústrias Matarazzo, que foi o grande ícone colaborador para este episódio.

No setor Aeronáutico, São Paulo não contava com aviões de guerra, mas os professores da Poli ensinaram às indústrias a construção de porta-bombas para aviões comerciais. 

Além, é claro, da produção das próprias bombas, de até 60 quilos, num total de apenas 5.800 peças. 

Essa artilharia aérea foi considerada muito eficiente na destruição de equipamentos do inimigo

Infelizmente, nos seus primeiros testes também foi vitimado o engenheiro José Pinto de Andrade, que veio compor a triste lista dos 13 técnicos mortos em acidentes com artefatos bélicos durante a Revolução.


Abaixo, uma das Bombas Aéreas citadas e de extrema raridade, pois sua produção foi feita em pouquissima quantidade devido aos fatos acima apresentados.


Notem o detalhe da " argola " na parte de baixo destas bombas aéreas.

Estas argolas ficavam presas às asas dos aviões usados pelos Paulistas, até o momento que seriam arremessadas contra as tropas de Getúlio Vargas.

Raríssimas as que " sobreviveram " para contarem sua história.....








Abaixo, soldados Paulistas com bombas aéreas, encontradas no Campo de Marte em São Paulo.





Soldados Paulistas preparando um dos poucos aviões que tinhamos para combater a ditadura de Getúlio Vargas, com bombas aéreas fabricadas pela Escola Politécnica e de enorme efeito destrutivo...




Alguns dos aviões usados pelos Paulistas durante o conflito que durou por quase 3 meses...

Este foi o 1º Grupo de Aviação Constitucionalista, também conhecido como 
" Os Gaviões de Penacho "











Durante o desenrolar do conflito, que intencionava derrubar o governo provisório do gaúcho Getúlio Vargas, o estado de São Paulo ficou fechado e os Paulistas se apoderaram de dois aviões Waco (com capacidade de levar duas pessoas a uma velocidade de 210 km/h) do Campo de Marte e outro do Rio de Janeiro.
Para podermos hoje apreciar esta rara aeronave que tanto colaborou com os Paulistas durante a Revolução de 32 e poder ser exposta no museu, a mesma foi minuciosamente restaurada, já que foi fabricada em 1927, nos Estados Unidos. 
Este belo e tão significativo avião, encontra-se no Museu da TAM, que infelizmente encontra-se temporariamente fechado desde fevereiro de 2016, no seguinte endereço: Rodovia Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Júnior ( SP 318 ), no Km 249,5 na altura do Distrito de Água Vermelha, em São Carlos (SP). Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: (16) 3306-2020 e (16) 3306-2028 
Seguem algumas fotos abaixo desta preciosidade que guarda a história da Revolução Paulista de 1932:










Linda e honrada história que São Paulo escreveu nas linhas heróicas brasileiras !!!

Parabéns Paulistas pelo seu esforço e seu talento !!!











sábado, 7 de maio de 2016




O Núcleo de Correspondência " Heróis Jundiaienses de 32 " deseja à todas as Mães, muitas felicidades e alegres comemorações nesta data tão sublime....


                                                Feliz Dia das Mães





Introdução
No Brasil, o Dia das mães é comemorado sempre no segundo domingo de maio ( de acordo com decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas ). É uma data especial, pois as mães recebem presentes e lembranças de seus filhos. Já se tornou uma tradição esta data comemorativa. Vamos entender um pouco mais sobre a história do Dia das Mães.

História do Dia das Mães
Encontramos na Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens a deusa Reia, mãe comum de todos os seres. Neste dia, os  gregos faziam ofertas, oferecendo presentes, além de prestarem  homenagens à deusa.
Os romanos, que também eram politeístas e seguiam uma religião muita parecida com a grega, faziam este tipo de celebração. Em Roma, durava cerca de 3 dias ( entre 15 a 18 de março). Também eram realizadas festas em homenagem a Cibele,  mãe dos deuses.
Porém, a comemoração tomou um caráter cristão somente nos primórdios do cristianismo. Era uma celebração realizada  em homenagem a Virgem Maria, a mãe de Jesus.
Mas uma comemoração mais semelhante a dos dias atuais podemos encontrar na Inglaterra do século XVII. Era o “ Domingo das Mães ”.  Durante as missas, os filhos entregavam presentes para suas mães. Aqueles filhos que trabalhavam longe de casa, ganhavam o dia para poderem visitar suas mães. Portanto, era um dia destinado a visitar as mães e dar presentes, muito parecido com que fazemos atualmente.
Nos Estados Unidos, a ideia de criar uma data em homenagem às mães foi proposta, em 1904, por Anna Jarvis. A ideia de Anna era criar uma data em homenagem a sua mãe que havia sido um exemplo de mulher, pois havia prestado serviços comunitários durante a Guerra Civil Americana. Seus pedidos e sua campanha deram certo e a data foi oficializada, em 1914, pelo Congresso Norte-Americano. A lei, que declarou o Dia das Mães como festa nacional,  foi aprovada pelo presidente Woodrow Wilson. Após esta iniciativa, muitos outros países seguiram o exemplo e incluíram a data no calendário.