Nascida em Araraquara/SP, Maria Stella Rosa Sguassábia era professora
primária na Fazenda Paulicélia quando se infiltrou nas tropas revolucionárias
paulistas.
Um dos soldados desertou e jogou sua farda e arma fora e Maria recolheu as
roupas, vestiu-as e rumou ao combate.
A partir de então, tendo o comando da 4ª Cia. visto a sua ação enérgica como
defensora de SP, ela foi incorporada à tropa com o nome de Mario Sguassábia.
Maria Stella e sue irmão, Antonio Sguassábia
Maria Stella lutando nas trincheiras
Maria com o fardamento usado durante a Revolução de 32
A professora Maria Stella Rosa Sguassábia
Maria Soldado
Maria José Bezerra, conhecida como Maria Soldado, marcou a passagem
feminina pela Revolução de 1932 e virou símbolo por também ter combatido
nas trincheiras. Vinda de Limeira/SP, Maria Soldado alistou-se, passou-se
por homem e lutou arduamente pela causa.
Só foi descoberta como mulher após combater na linha de frente e ser ferida.
Sobre a mulher lutadora e sua causa, edição de 5/9/1932, do jornal A Gazeta dizia:
"Uma mulher de cor, alistada na Legião Negra, vencendo toda a sorte de obstáculos
e as durezas de uma viagem acidentada, uniu-se aos seus irmãos negros em pleno entrincheiramento na frente do sul, descrevendo a página mais profundamente
comovedora, mais cheia de civismo, mais profundamente brasileira, da campanha constitucionalista, ao desafiar a morte nos combates encarniçados e mortíferos
para o inimigo, MARIA DA LEGIÃO NEGRA! Mulher abnegada e nobre da sua raça."
Carlota Pereira de Queiroz
Carlota Pereira de Queiroz nasceu em 13/2/1892, em SP. Mulher moderna, avessa às limitações sociais da época, veio de uma família abastada de fazendeiros pelo lado do
pai e de uma família de políticos do lado da mãe.
Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Turma de 1926), mas sua grande contribuição ao corpo feminino e às lutas da época foi sua projeção na política paulista, durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Ela organizou um grupo
de 700 mulheres e junto com a Cruz Vermelha deu assistência aos feridos na guerra.
Esse trabalho serviu de incentivo para uma vida pública, e, em 1934, foi a primeira mulher eleita deputada Federal no Brasil.
Conquistas:
O fim da Revolução de 1932 marcou o início do processo de democratização.
O direito ao voto feminino foi reconhecido. A permissão era restrita às mulheres casadas
que tivessem a autorização do marido e às solteiras e viúvas, desde que com renda
própria.
Em maio de 1933, o direito ao voto foi reassegurado, mas apenas àquelas mulheres
que exercessem funções remuneradas em cargos públicos.
Foram realizadas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, quando as
mulheres votaram pela primeira vez no Brasil em eleições nacionais.
O voto pleno e obrigatório como direito de todas as mulheres foi instituído pela
Constituição de 1946.
Minha homenagem a estas e a todas as mulheres pelo seu dia !!!